sábado, 3 de julho de 2010

CELULAR: FALAR AO VOLANTE MATA, ESTÁ PROVADO.

Teste prova riscos de falar ao celular e dirigir ao mesmo tempo


As partes do cérebro que usamos para dirigir ficam divididas entre o controle do carro e a conversa, e o motorista não percebe.
Um teste feito em São Paulo mostrou claramente por que dirigir falando ao celular é proibido pelo Código de Trânsito Brasileiro. A reportagem é de César Menezes e Wilson Araújo.

O telefone toca, o motorista atende e acha que está seguro. O Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas de São Paulo e a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego levaram voluntários para o autódromo de Interlagos para avaliar como o celular afeta a capacidade de dirigir.

Primeiro, manobras simples numa fila de cones. Com o telefone na mão, a direção é brusca, as curvas são exageradas. O teste mostrou também que, se o motorista estiver a 90 km/h, a velocidade cai para 60 km/h durante uma conversa ao celular e ele quase para o carro quando envia uma mensagem.

“Você tira o pé do acelerador sem perceber, você vira sem perceber, você falando perde a noção do que está fazendo”, disse o empresário Pablo Lozada.

Isso acontece porque as partes do cérebro que usamos para dirigir ficam divididas entre o controle do carro e a conversa, e o motorista não percebe.

“Esses erros são sutis, então ele pode não perceber, mas essa sutileza é suficiente pra causar um acidente”, explicou a médica do Instituto de Ortopedia, Júlia Greve.

Ninguém dirige na rua fazendo ziguezague. O que o teste prova é como é difícil controlar a direção com a atenção dividida principalmente no momento mais importante, em que o motorista precisa tomar uma decisão rápida pra evitar o acidente. É o que o segundo teste vai mostrar.

Uma barreira de cones e o motorista só descobre para que lado desviar em cima da hora. Ricardo está acostumado a mandar mensagens no trânsito e acha que o celular não atrapalha.

“No trânsito de São Paulo, você sempre anda devagar e é muito mais fácil você mandar mensagem”, contou o estudante Ricardo Martinho.

Não é bem assim. Ele não passou no teste e mudou de opinião. “Porque eu vi que é muito perigoso. Muito perigoso. E é bem melhor dirigir sem mexer no celular agora”, afirmou.

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